quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Nunca o mar...





Nunca o mar foi tão ávido 
quanto a minha boca. Era eu 
quem o bebia. Quando o mar 
no horizonte desaparecia e a areia férvida 
não tinha fim sob as passadas, 


e o caos se harmonizava enfim 
com a ordem, eu 
havia convulsamente 
e tão serena bebido o mar. 




Fiama Hasse Pais Brandão 


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